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Larissa Silva Modesto .

O amor é feito de paixões
E quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


“E talvez esse desfecho já fosse esperado, todos partindo, todos aqueles que um dia prometeram ficar estão indo embora, e mais uma vez as promessas não foram cumpridas. Sabe, eu cansei de me decepcionar, de me iludir, realmente cansei de me importar demais, mas ninguém precisa saber o que se passa aqui dentro, então… Deixei eles irem, e continuarão a ir embora, não vou pedir para ninguém ficar, simplesmente vou deixa-los livre, afinal o que é meu não me abandona.”


Por um tempo eu tentei convencer o mundo e a mim mesma, que eu era a menina de decote, maquiagem carregada e risada alta na fila do bar. Mas a verdade é que eu nunca fui. Acho incrível essa forma desapegada de dar sequência na vida, as piadas e histórias loucas e vazias. Mas nunca fui a menina do bar, uma pena. Pra ser sincera, eu tenho preguiça das outras pessoas da fila, dos meninos na porta do banheiro, das músicas sem letra, das cantadas baratas. Não conseguiria ser essa menina, embora ache um jeito bem mais simples de encarar o mundo, porque isso tudo me dá sono, mesmo entupida de energético. Porque antes do fim da noite eu já tô sentada, brincando com o canudo do drink, esperando a hora de ir embora. A impressão que eu tenho é que eu tô sempre esperando a hora de ir embora, de qualquer lugar e qualquer pessoa. A menina da fila tá dançando com o terceiro ou quarto cara da noite. Ela é divertida e linda. E eu queria ser assim, só que as pessoas são tão desinteressantes e previsíveis, que eu prefiro o canudo. Levantei e fui ao banheiro, ela tava lá, retocando a maquiagem. Enquanto eu lavava as mãos, ela arrumava o salto e reclamou “Nossa, dói demais, né? Mulher sofre!”. Eu sorri e concordei. Doía mesmo, quem dera fosse só o salto. Olhando nós duas pelo espelho, uma do lado da outra, a diferença era só o modelo do vestido. Mas éramos muito mais diferentes que isso. Ela tinha paciência com os babacas, o barman lerdo, os amigos bêbados, as meninas de nariz em pé. Ela só queria dançar, beber e curtir, porque a vida é complicada. Eu já entrei cansada e preferia o sofá, o copo, o canudo e todas as coisas sem vida daquele lugar, porque as pessoas são complicadas. Aahhh como eu queria ser a menina do bar.

Kita Garbis

Tudo que vai volta, mas nem tudo que volta encontra o que deixou! ;)

#Ficaadica



“Nós nunca descobriremos o que vem depois da escolha se não tomarmos uma decisão. Por isso, entenda os seus medos, mas jamais deixe que eles sufoquem os seus sonhos.”

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Você pode fechar os seus olhos para as coisas que você não quer ver, mas não pode fechar os seu coração para 
as coisas que não quer sentir.

___ Caio Fernando Abreu, Martha Medeiros & William Shakespeare
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